Curiosidade sobre a Nossa Lisboa

Neste momento estou a ler o livro Belle Époque de Paula Gomes Magalhães. Como grande fã de épocas passadas e amante de guarda-roupa que sou este livro teria que estar na minha estante. E posso dizer que estou a amar este livro. 

E este post é para vos falar sobre o Passeio Público. É um dos temas abordados no livro, primeiro que não fazia ideia que tivesse existido (mais a frente vão perceber porquê!) e que achei interessante de partilhar.

Após o terramoto de 1755, foi mandado construir pelo Marquês de Pombal  o Passeio Público na área actualmente ocupada pela Avenida da Liberdade e Praça dos Restauradores. No inicio foi construído com muros e portões como podem observar nas imagens abaixo. Em 1821 esses muros foram derrubados para que todas as pessoas, tanto classes baixas e altas, pudessem circular pelos jardins. 

Este era um local onde a alta sociedade se deslocava para ver e ser vista. Era também local de grandes festas e espectáculos nocturnos. Todos os Lisboetas estava presentes, havia um grande leque de divertimentos: organizando-se o lançamento de fogos-de-artifício, concertos musicais aos Domingos e feriados, bailes infantis e festas de todo o tipo. 

Mas com o desenvolvimento da industria e da própria cidade era necessário abrir uma nova artéria para a circulação de pessoas e viaturas. 

Aqui nasce a Av. da Liberdade por volta do ano de 1886. No local da fonte, é onde hoje está o monumento dos restauradores. 

Actualmente a Avenida da Liberdade foi construída entre 1879 e 1882. A destruição do Passeio foi motivo de lágrimas de tristeza pelo fim dos românticos jardins mas também de alegria pela chegada do progresso à capital. Algumas das mansões originais foram preservadas mas muitas das fachadas dos edifícios foram mudadas e ocupados por escritórios, hotéis ou complexos comerciais